Pedro Almodóvar

Nome: Pedro Almodóvar Caballero
Natural de: Calzada de Calatrava, La Mancha, Espanha
Nascimento: 24/09/1951
Diretor, roteirista, compositor e ator, Pedro Almodóvar é o diretor espanhol mais famoso desde Luis Buñuel e Carlos Saura.
Ganhou o Prêmio Oficial da Ordem das Artes e Letras do Ministério da Cultura Francês.
Escreve todos os roteiros que dirige. Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele, nem sua família tinham dinheiro para pagar seus estudos. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor diretor.


Filmes

  • 2009 - Abraços Partidos (Los Abrazos Rotos)
  • 2006 - Volver (Volver)
  • 2004 - Má Educação (La Mala Educación)
  • 2002 - Fale com Ela (Hablecon Ella)
  • 1999 - Tudo Sobre Minha Mãe (Todo Sobre Mi Madre)
  • 1997 - Carne Trêmula (Carne Trémula)
  • 1995 - A Flor do Meu Segredo (La Flor de mi Secreto)
  • 1993 - Kika (Kika)
  • 1991 - De Salto Alto (TaconesLejanos)
  • 1989 - Ata-me! (Átame!)
  • 1988 - Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (Mujeresal Borde de un Ataque de Nervios)
  • 1987 - A Lei do Desejo (La LeydelDeseo)
  • 1986 - Matador (Matador)
  • 1985 - Traíler para Amantes de loProhibido
  • 1984 - Que Fiz Eu Para Merecer Isto? (Qué He HechoYo Para Merecer Esto?)
  • 1983 - Maus Hábitos (Entre Tinieblas)
  • 1982 - Labirinto de Paixões (Laberinto de Passiones)
  • 1980 - Pepi, Luci, Bom y otras chicas delmontón
  • 1978 - Folle...Folle...Fólleme Tim! (curta-metragem)
  • 1978 - Salomé (Média-Metragem)
  • 1977 - Sexova, sexo viene (curta-metragem)
  • 1976 - Muerteenlacarretera (curta-metragem)
  • 1976 - Seacariativo (curta-metragem)
  • 1975 - Blancor (curta-metragem)
  • 1975 - La caída de Sodoma (curta-metragem)
  • 1975 - Homenaje (curta-metragem)
  • 1975 - El Sueño, o laestrella (curta-metragem)
  • 1974 - Dos putas, o historia de amor que termina en boda (curta-metragem)
  • 1974 - Filme político (Film Político) (curta-metragem)

Exercício dos Conceitos - Autenticidade

Olá,

Nós do grupo Cinearq ficamos responsáveis por postar, semanalmente, três conceitos relativos ao termo Autenticidade. Este conceito hoje é amplamente discutido (mesmo que de forma indireta) devido às venda/downloads clandestinos de filmes. Deixo a questão para refletirmos: até que ponto isso influencia nos ramos da Arquivística? Fiquem à vontade para falarem o que pensam.

Só para registrarmos o susto: o primeiro lugar que  procuramos pelo termo "Autenticidade" foi no Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística editado pelo Conselho Nacional de Arquivos - Conarq e pasmem: apesar de o termo ser utilizado em dois verbetes (busquem por diplomática e apócrifo), o dicionário não o define. Uma situação no mínimo frustrante.

Dada a frustração, resolvemos apelar para  a Wikipédia! E aqui segue seu conceito:

"Entende-se por autenticidade a certeza absoluta de que um objeto (em análise) provém das fontes anunciadas e que não foi alvo de mutações ao longo de um processo. Na telecomunicação, uma mensagem será autêntica se for, de fato, recebida na íntegra, diretamente do emissor.
Autenticidade é a garantia de que você é quem diz ser. Em segurança da informação um dos meios de comprovar a autenticidade é através da biometria que esta ligado diretamente com o controle de acesso que reforça a confidencialidade e é garantida pela integridade."

(UM, Qualquer. In_____Wikipedia: a enciclopédia livre. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Autenticidade>. Acesso em 25 de novembro de 2010.)

Será mesmo que um site com conteúdo elaborado literalemente por qualquer um está à frente do nosso Conselho Nacional? Fica a crítica. Espero que vocês entendam o sarcasmo da situação acima descrita.

Agora, para que possamos tentar compensar, colocaremos três definições de uma autora um tantinho respeitada na área:

A autenticidade legal: documentos que suportam uma prova sobre si mesmos, por causa da intervanção durante ou depois de sua criação, de uma autoridade pública que garanta sua genuinidade. 

A autenticidade diplomática: documentos escritos de acordo com as práticas do tempo e lugar indicados no texto e assinados pelas pessoas competentes para criá-lo.

A autenticidade histórica: documentos que atestam que sucedeu o que verdadeiramente teve lugar, informam o que é verdade.

(DURANTI, Luciana. Diplomática. Usos nuevos para una antigua ciencia. Tradução de Manuel Vazquez. Carmona: S&C Ediciones, 1995. 170 p.)

Por enquanto pararemos por aqui! Semana que vem voltamos com mais definições.

Saudações.

43º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro

O 43º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro começou nesta terça-feira (23) com uma homenagem ao diretor Carlos Reichenbach. O evento foi aberto com a exibição do filme “Líliam M – Relatório confidencial”, produzido por Reichenbach em 1974, a versão lançada em 1975 foi censurada e chegou às salas de cinema com 25 minutos a menos, na noite de ontem foi mostrada como verdadeiramente foi feita. O curta inédito “50 anos em 5”, de José Eduardo Belmonte também participou da cerimônia de abertura. Que ainda contou com a apresentação da Orquestra Filarmonica do Teatro Nacional. Esse ano o Festival traz jovens diretores, para sinalizar o caminho para uma novíssima geração do cinema brasileiro.


Seis filmes de longa e 12 de curta metragem integram a mostra competitiva em 35 mm. 22 filmes em curta e média metragem participam da competição digital. A programação do festival também inclui seminários, workshops e debates com as equipes dos filmes participantes.


A programação detalhada pode ser acessada no site http://www.festbrasilia.com.br/.

Diretores

Olá galerinha...
Apartir dessa semana vamos falar um poucos dos cineastas mais famosos!!
É claro que vamos começar primeiro com um cineasta que seja do nosso país.


José Padilha
Nome: José Padilha
Natural de: Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Nascimento: 01/08/1967
Alvo da polêmica sobre a pirataria, que gerou o sucesso incontestável de Tropa de Elite, Padilha se revela definitivamente como um cineasta com potencial para provocar. E a "exploração" da violência alardeada por alguns se mostra apenas um ingrediente de alguém motivado em refletir sobre aspectos importantes da sociedade

 

 

 





Filmes

Mais informações acesse o site http://www.adorocinema.com/

Requisitos da Vez

Como foi proposto pelo blog mamãe, estamos abrindo um espaço para que vocês possam colocar sua opinião sobre (rufem os tambores):

Cores utilizadas, tamanho e tipo de fonte!!!!

Sintam-se à vontade para expressar sua opinião livremente, lembrando sempre das regras básicas de polidez na internet. Sem ofensas aos colegas, sem palavrinhas feias, sem trollagem nem nada daquelas chatices (não que esperemos isso de vocês).


Documentário Memória para Uso Diário


O documentário foi elaborado pelo Grupo Tortura Nunca Mais com o intuito de relatar os fatos acontecidos na ditadura. Ele demonstra, usando diversos meios, as práticas de tortura e perseguição política neste período. Através de depoimentos e, sobretudo, documentos da época, o filme remonta este período traumático para uma parcela da população que lutou por direito à liberdade (nos mais diversos sentidos e aspectos).
Conforme atividade proposta no blog mãe, segue a análise documental de três documentos que fazem parte do filme:
Mural de Fotografia dos Mortos e Desaparecidos Políticos desde 1964


Denominação do Documento: Mural de Mortos e Desaparecidos Políticos desde 1964;
Assunto: Mural de fotografias  de mortos e desaparecidos políticos;
Espécie: Mural de Fotografia;
Forma: Original;
Suporte: Papel e Cortiça;
Data Cronológica: -
Gênero: Textual e Iconográfico
Formato: Mural;
Idioma: Português;
Função arquivística: Homenagear os mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964 pela sua luta contra a ditadura.

Pedido de busca das Fichas dos Presos Políticos Banidos do Território Nacional




Denominação do Documento: Pedido de Busca e Apreensão nº 1124/NSISA-RJ
Assunto: Presos políticos banidos do território nacional;
Espécie: pedido de busca;
Forma: Original;
Suporte: Papel;
Data Cronológica: 04 de novembro de 1969;
Data tópica: Rio de Janeiro;
Gênero: Textual;
Formato: Papel A4;
Signos especiais: Carimbo do Gabinete do ministro do Ministério da Aeronáutica – SISA; brasão da República Federativa do Brasil; carimbo do livro de registro do documento; carimbos de atribuição de sigilo ao documento; assinaturas diversas;
Idioma: português;
Entidade produtora: Ministério da Aeronáutica;
Função arquivística: requisição de fichas datiloscópicas e qualificação de presos políticos;
Reportagem no Jornal sobre o Grupo Tortura Nunca Mais
Denominação do documento: Torturados Rompem o Silência com Terapia contra a Violência;
Espécie: Reportagem;
Forma: Cópia;
Suporte: Papel;
Data Cronológica: -
Gênero: Textual e iconográfico;
Formato: Jornal;
Idioma: português;
Função arquivística: levar notícias diversas à população;
Entidade produtora: -
Seguindo ainda a proposta, segue uma análise tipológica individual de cada documento supracitado, tentando inseri-los no contexto do próprio filme:
Mural de Fotografia dos Mortos e Desaparecidos Políticos desde 1964
A principal função do mural de fotografia, localizado na sede do Grupo Tortura Nunca Mais é a de resgatar os movimentos anti-tortura no Brasil. Este documento em especial serve para relembrar a luta dos militantes e caracterizá-los como heróis nacionais e não como bandidos. É uma espécie de homenagem a estes participantes. É também uma forma de denúncia dos acontecimentos que foram abafados pelo governo da época, garantindo o direito de acesso a estas informações pela população.  Dessa forma, o grupo busca conscientização da população e reparação dos danos causados neste período.
Pedido de busca das Fichas dos Presos Políticos Banidos do Território Nacional
Este documento é um exemplo do tipo de informação que pode ser conseguida e acessada pela população caso haja a abertura dos arquivos da época da ditadura. Caso esta abertura ocorra, o paradeiro dos desaparecidos políticos podem ser mapeados com maior facilidade. Sendo assim, este documento serve como prova de que o governo da época agiu para com pessoas que ele declarou como desaparecidos e que na verdade estavam presas.
Reportagem no Jornal sobre o Grupo Tortura Nunca Mais
Esta reportagem tem o intuito de divulgar o trabalho do grupo Tortura Nunca Mais, com o objetivo de diminuir as sequelas psicológicas das pessoas que foram torturadas e seus familiares. Caso elas superem estes traumas, elas podem sair da clandestinidade e colaborar com a recuperação de outras pessoas que passaram pelo mesmo drama e ainda reconstituir, através de depoimentos, a memória da época.
O último item do exercício demanda a criação de um contexto hipotético relacionado ao tema do blog para análise destes documentos. Partindo desse pressuposto, podemos fazer uma análise geral dos documentos na hipotética situação da apresentação deste documentário num festival de cinema nacional. Dessa forma, os documentos abordados pelo grupo e todos os outros do filme são imprescindíveis para a perpetuação da luta do grupo Tortura Nunca Mais, que tem por objetivo inserir na história tradicional os fatos ocorridos nesta época. Assim, a população teria consciência dos ocorridos e poderiam cobrar dos atuais agentes públicos reparações para os torturados e familiares, como indenizações e/ou alguma forma de punição para os culpados. Serve como denúncia deste período cinza na história do Brasil, garantindo o direito de acesso às informações públicas da época.

Profissão de Cineasta



Se há uma carreira fortemente marcada pelo glamour, essa é a de cineasta. Afinal, quem não gostaria de dirigir um grande filme e ver seu nome premiado pelo trabalho nos sets de filmagens? No entanto, a realidade da profissão é bem diferente do que se vê na TV e o caminho para ser um diretor, ou produtor, de sucesso é bastante longo. Os cursos universitários voltados para o setor, na realidade, apresentam um panorama muito mais amplo, apontando o graduando para novas direções, como a produção de vídeos institucionais e comerciais.

Mais do que isso, a carreira de cinema não se resume à direção de uma produção audiovisual. Na produção de um filme, muitas outras funções são executadas por profissionais especializados - figurino, direção de fotografia, som e também toda a parte técnica de filmagem.

Para quem tem interesse na área, é importante saber da necessidade de uma boa formação cultural, além da formação técnica. Por se tratar de um curso da área de comunicação, além do forte apelo para as artes, a produção cinematográfica envolve um grau de responsabilidade na mensagem a ser passada e no tratamento que deve ser dado à mesma.
Além disso, cada vez mais cresce a necessidade de profissionais multidisclipinares, que conheçam princípios de gestão. Isso porque, atualmente, a produção de um filme envolve investimentos altos e uma equipe com muitos profissionais. "O aluno precisa entrar no curso sabendo o que quer e se direcionar para aquilo. O que o setor busca são bons profissionais, especializados em mais de uma área - fotografia, direção de arte, som, edição. No Brasil, para fazer cinema, é preciso fazer mais de uma coisa", afirma o coordenador do curso de cinema da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), José Gozzi.

Publicado em universia.com.br, por Renato Marques.

Atividade sobre Paul Otlet

Paul Otlet foi um dos primeiros cientistas a publicar um trabalho sistematizado sobre Ciência da Informação e, sobretudo, Documentação (à sua época chamado de Bibliologia e, posteriormente, Documentação).  Em sua obra chamada Traité de Documentation, lançada em 1934, ele demonstrou pensamentos e conceitos bastante avançados para sua época, como o Princípio da Monografia e o conceito da Rede de Conhecimento Universal, que, segundo o que ele apresentou, seria algo bastante similar ao modelo de internet que usamos nos dias de hoje.


Quando começa a falar a respeito do Princípio da Monografia, começa dizendo que “cada elemento intelectual de um livro é incorporado num elemento material correspondente”. Transpondo “elemento intelectual” como informação  e “elemento material” como suporte, temos uma grande semelhança com um dos conceitos mais fundamentais da Arquivologia: o conceito de documento, vulgarmente conhecido como informação+suporte.

Outra aproximação com a arquivologia é o que ele define como objeto de estudo: o livro em sentido amplo que engloba, além do livro propriamente dito, o telégrafo, telefone, rádio, televisão, cinema, e discos. Apesar de discorrer a todo o momento como livro, deve-se ter em mente que ele considera também a existência dessas mídias. Todavia, a maioria dos procedimentos que ele apresenta são inaplicáveis aos documentos iconográficos, cabendo basicamente aos livros em sentido restrito.

Além do mais, ele trata as novas mídias como simples substitutas dos livros. Dessa forma, não se considera o potencial informacional de mídias que armazenam imagens em movimento, que podem ser mais ricas que mídias que suportam apenas imagens estáticas. Reduzir o Cinema a simples substituto dos livros é, de certa forma, um desprezo com uma linguagem totalmente distinta, que pode gerar documentos de grande peculiaridade e tão valorosos quanto os tradicionais documentos em suporte papel. Entretanto,  Otlet acerta em cheio quando estuda a sistematização da organização da informação. Ele foi responsável pela criação da CDU, ferramenta ainda usada para a classificação de livros e que serviu de base para elaboração dos códigos de classificação de documentos arquivísticos.

A Ciência da Informação em geral ignoram o valor das informações acumuladas de forma orgânica contida nos documentos de arquivo. A análise informacional costuma ficar a título de informação cultural, construção do conhecimento, tratamento sistemático de dados, geração de nova informação a partir da junção de informações, entre outras. Todas estas atividades podem ser contempladas nas atividades arquivísticas, mas a teoria não contempla conceitos preponderantes aos arquivos, como informação estratégica e memória pessoal e/ou institucional tendo por base os documentos. Mesmo sem citar claramente o universo arquivístico, as seguintes citações de Paul Otlet são perfeitamente aplicáveis à Arquivologia:

No plano da aplicação técnica “deve utilizar regras que englobem todo o ciclo de vida do documento” e “interpreta-se a documentação como uma “ciência” que organiza os documentos, encarados como materializações da ação da inteligência humana sobre a realidade. Compete à documentação estabelecer métodos para a seleção e o tratamento dos “dados intelectuais” encaixando-os no “quadro sistemático das ciências” (OTLET, 1934, p.25) para que possam ser acessados. Em outras palavras, à documentação compete tratar o conteúdo dos documentos, a informação.

sendo claramente possível que esta informação supracitada seja a informação arquivística.

Porém, como seria possível aplicar o tratamento técnico instituído por Paul Otlet aos documentos de arquivo em suportes magnéticos? Sua Rede de Informações seria capaz de comportar documentos deste tipo. É bem verdade que, à época, era impossível pensar numa estrutura que desse a possibilidade de um pesquisador ter acesso a um documento filmográfico individualmente, durante sua pesquisa. Mas sua rede de informação claramente contemplava apenas documentos textuais.

Levando-se em consideração que os documentos de arquivos são documentos acumulados no decorrer das atividades de uma pessoa (seja ela física ou jurídica) e podem estar registrados nos mais variados suportes, o arquivo pessoal de um cineasta seria impossível de ser abarcado pelas teorias de Otlet. O contexto de produção destes documentos se torna primordial para a organização e representação mais adequada destes documentos. Cabe aos Arquivistas delimitar as fronteiras entre a Arquivologia e Ciência da Informação, adaptando conceitos quando necessário e buscando criar novos que correspondam à realidade arquivística.

Festival

Filme brasileiro é exibido no Festival de Cinema de Roma

 

 

Para maiores informações clique AQUI.


Origem do Cinema

Indícios históricos e arqueológicos comprovam que é antiga a preocupação do homem com o registro do movimento. O desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspectos dinâmicos da vida humana e da natureza, produzindo narrativas através de figuras. O jogo de sombras do teatro de marionetes oriental é considerado um dos mais remotos precursores do cinema. Experiências posteriores como a câmara escura e a lanterna mágica constituem os fundamentos da ciência óptica, que torna possível a realidade cinematográfica.


Jogos de sombras: Surge na China, por volta de 5.000 a.C. É a projeção, sobre paredes ou telas de linho, de figuras humanas, animais ou objetos recortados e manipulados. O operador narra a ação, quase sempre envolvendo príncipes, guerreiros e dragões.


Câmara escura: Seu princípio é enunciado por Leonardo da  Vinci, no século XV. O invento é desenvolvido pelo físico napolitano Giambattista Della Porta, no século XVI, que projeta uma caixa fechada, com um pequeno orifício coberto por uma lente. Através dele penetram e se cruzam os raios refletidos pelos objetos exteriores. A imagem, invertida, inscreve-se na face do fundo, no interior da caixa.


Lanterna mágica: Criada pelo alemão Athanasius Kirchner, na metade do século XVII, baseia-se no processo inverso da câmara escura. É composta por uma caixa cilíndrica iluminada a vela, que projeta as imagens desenhadas em uma lâmina de vidro.

O Cinema Falado


O advento do som, nos Estados Unidos, revoluciona a produção cinematográfica mundial. Os anos 30 consolidam os grandes estúdios e consagram astros e estrelas em Hollywood. Os gêneros se multiplicam e o musical ganha destaque. A partir de 1945, com o fim da 2a Guerra, há um renascimento das produções nacionais – os chamados cinemas novos
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PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS - As primeiras experiências de sonorização, feitas por Thomas Edison, em 1889, são seguidas pelo grafonoscópio de Auguste Baron (1896) e pelo cronógrafo de Henri Joly (1900), sistemas ainda falhos de sincronização imagem-som. O aparelho do americano Lee de Forest, de gravação magnética em película (1907), que permite a reprodução simultânea de imagens e sons, é comprado em 1926 pela Warner Brothers. A companhia produz o primeiro filme com música e efeitos sonoros sincronizados - "Don Juan" (Don Juan - 1926), de Alan Crosland, o primeiro com passagens faladas e cantadas - "O Cantor de Jazz" (The Jazz Singer - 1927), também de Crosland, com Al Jolson, grande nome da Broadway, e o primeiro inteiramente falado - "Luzes de Nova York", de Brian Foy (Lights of New York - 1928).

CONSOLIDAÇÃO - Em 1929 o cinema falado representa 51% da produção norte-americana. Outros centros industriais, como França, Alemanha, Suécia e Inglaterra, começam a explorar o som. A partir de 1930, Rússia, Japão, Índia e países da América Latina recorrem à nova descoberta.

A adesão de quase todas as produtoras ao novo sistema abala convicções, causa a inadaptação de atores, roteiristas e diretores e reformula os fundamentos da linguagem cinematográfica. Diretores como Charles Chaplin e René Clair estão entre os que resistem à novidade, mas acabam aderindo. "Alvorada do Amor" (The Love Parade - 1929), de Ernst Lubitsch, "O Anjo Azul" (Der Blaue Engel / The Blue Angel - 1930), de Joseph von Sternberg, e "M, o Vampiro de Dusseldorf" (M - 1931), de Fritz Lang, são alguns dos primeiros grandes títulos.

Dos anos 30 até a 2a Guerra, apesar de Hollywood concentrar a maior parte da produção cinematográfica mundial, alguns centros europeus como França, Alemanha e Rússia produzem obras que merecem destaque. 

França – O realismo poético, com melodramas policiais de fundo trágico, de Jean Renoir de "A Grande Ilusão" (La Grande illusion / The Grand Illusion - 1937) e "A Besta Humana" (La Bête Humaine / The Human Beast - 1938), Marcel Carné de "Cais das Sombras" (Quai des Brumes / Port of Shadows - 1938), Julien Duvivier de "Um Carnê de Baile" (Un Carnet de Bal - 1937) e Jean Vigo de "Atalante" (L' Atalante -1934) fornecem uma perspectiva lírica dos problemas sociais. Com a invasão nazista, eles são exilados.

Rússia – "A Nova Babilônia" (Novyj Vavilon / The New Babylon - 1929), de Grigori Kozintsev; "Volga-Volga" (Volga-Volga - 1938), de Grigori Aleksandrov; "Ivan, o Terrível" (Ivan Groznyj / Ivan the Terrible - ), de Sergei M. Eisenstein; e a "Trilogia de Máximo Gorki" (Detstvo Gorkogo / Childhood of Maxim Gorky - 1938), de Mark Donskoi, merecem destaque em um período dominado por filmes de propaganda sobre os planos qüinqüenais, impostos por Stalin.
Alemanha – A Alemanha nazista também descobre, com "O Triunfo da Vontade" (Triumph des Willens / Dokument vom Reichsparteitag - 1934), de Leni Riefenstahl, e "O Judeu Suss" (Jud Süß / Jew Süss - 1940), de Veidt Harlan, o cinema como instrumento de propaganda do regime.