Cineasta Nacional da Semana
Um dos mais importantes documentaristas do país, nasceu em 1935 em Itabaiana, na Paraíba. Começou a carreira escrevendo críticas para os jornais A União e Correio da Paraíba. Foi corroteirista de Aruanda (1960), de Linduarte Noronha, um dos documentários que marcaram o início do Cinema Novo. Logo depois, dirigiu com João Ramiro Neto o filme Romeiros da guia (1962), sobre a peregrinação anual de pescadores de João Pessoa à Igreja de Nossa Senhora da Guia. Em 1962, na Bahia, foi assistente de produção da primeira fase de Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho. Em 1967 dirigiu o curta A bolandeira, sobre os engenhos de cana de tração animal do sertão paraibano. De 1967 a 1971, fez seu primeiro longa-metragem, O país de São Saruê, durante longo tempo proibido pela censura. Em 1969 foi para Brasília lecionar na universidade e lá realizou Vestibular 70 (1970). Em seguida, fez três filmes de média-metragem: Incelência para um trem de ferro (1972), A pedra da riqueza (1975) e Brasília segundo Feldman (1979). Seguiram-se outros dois filmes: O homem de areia (1981) e O evangelho segundo Teotônio (1984). Em 1990 foi a vez do longa Conterrâneos velhos de guerra e, em 2001, Barra 68. Lançou em 2007 o documentário O engenho de Zé Lins, sobre o escritor José Lins do Rego.
A casa de Vladimir Carvalho, no início da W3 Sul, tem a arquitetura de um filme. Cada cômodo sugere uma cena. As janelas são como rolos de película. Os objetos contam uma história - que começa no jardim, invade a sala de estar, engole a área de serviço e enche de vida um pequeno auditório no segundo andar. Revestida de lembranças, a construção na quadra 703 abriga nada menos que a trajetória de um dos maiores documentaristas do Brasil. Há 15 anos, o autor de Conterrâneos velhos de guerra e O país de São Saruê resolveu transformar o próprio lar, onde vive desde 1983, num pequeno museu. O diretor doará todo o acervo - com a casa e tudo - para a comunidade, por meio da Universidade de Brasília (UnB).
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