Cineasta Nacional da Semana
Ator e diretor de cinema e de televisão, é o fundador e diretor artístico da Globo Filmes. Carioca de 1937, filho único do ator e cantor catalão Joan Daniel Ferrer e da atriz argentina María Irma López (conhecida como Mary Daniel), é de família circense. Daniel Filho nasceu no meio artístico e teve contato com grandes nomes do espetáculo brasileiro desde tenra idade. Começou no cinema como ator de O fuzileiro do amor (1955), de Eurípides Ramos, depois de passar pela companhia de teatro de revista de Walter Pinto, nos anos 50. Ainda como ator, trabalhou em filmes como Colégio de brotos (1956), de Carlos Manga, Eu sou o tal (1960), de Eurípides Ramos, Mulheres e milhões (1960), de Jorge Ilei, Este Rio que eu amo (1961), de Carlos Hugo Christensen, Os cafajestes (1962), de Ruy Guerra, e Boca de Ouro (1962), de Nelson Pereira dos Santos. Passou a dirigir para televisão em 1964, na TV Excelsior, e em 1966 entrou para a Rede Globo, onde ajudou a criar o padrão dramatúrgico da emissora e dirigiu ou interpretou mais de 50 novelas e minisséries. Alternou a função de diretor de filmes como Pobre príncipe encantado (1968), O impossível acontece (1968), A cama ao alcance de todos (1969), O casal (1975) e O cangaceiro trapalhão (1983), com trabalhos como ator em Os herdeiros (1970) e Chuvas de verão (1977), ambos de Carlos Diegues, O beijo no asfalto (1980), de Bruno Barreto, Bar Esperança, o último que fecha (1983), de Hugo Carvana, Espelho de carne (1984), de Antonio Carlos da Fontoura, Um trem para as estrelas (1987), de Carlos Diegues, Romance da empregada (1987), de Bruno Barreto, Tieta do Agreste (1996), de Carlos Diegues, entre outros. Como diretor artístico da Globo Filmes participou da produção dos longas-metragens O auto da Compadecida (2000) e Caramuru - A invenção do Brasil (2001), ambos de Guel Arraes, e Orfeu (1998), de Carlos Diegues. Na Globo Filmes, produziu ainda Zoando na TV (2000), de José Alvarenga. Em 2001 produziu e dirigiu A partilha, adaptação da peça de Miguel Falabella. Protagonizou Querido estranho (2003), de Ricardo Pinto e Silva, e produziu Sexo, amor e traição (2004), de Jorge Fernando, Redentor (2004), de Cláudio Torres, A Dona da história (2004), no qual também assina a direção, e Cazuza – o tempo não pára, de Sandra Werneck e Walter Carvalho, o campeão nacional de bilheteria do ano de 2004. Foi produtor associado de Dois filhos de Francisco: a história de Zezé di Camargo e Luciano, de Breno Silveira, o filme mais visto de 2005, com mais de cinco milhões de ingressos vendidos, e de Casa de areia (2005), de Andrucha Waddington. Em 2006, dirigiu Se eu fosse você, grande sucesso de público, com 3,6 milhões de espectadores, e Muito gelo e dois dedos d’água, também lançado no mesmo ano. Em 2007, dirigiu O primo Basílio, adaptação para o cinema do livro de Eça de Queiroz. Se eu fosse você 2, lançado em 2009, seguiu o rastro de sucesso do longa anterior, se tornando o filme de maior público da retomada. No mesmo ano, lançou ainda Tempos de paz, adaptação para o cinema da peça Novas diretrizes em tempos de paz, de Bosco Brasil. Seu filme mais recente, Chico Xavier (2010) – ficção sobre o médium mais famoso do país –, bateu o recorde de público no primeiro fim de semana de estreia de um filme nacional.
Fonte: Site Filmeb
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